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Mostrando postagens de junho, 2012
13 de Maio, 2012. Não sei quanto de espaço ela quer. Mas tem dias que toma tudo tudo tudo meu. Olha assim por cima, pensando que é maior. Como se os olhos mostrassem o tamanho da vontade que tem lá dentro. E meu medo e tolice, vão embora em segundos. Continuo sem saber o que ela quer, mas permaneço muda, tento com os olhos e aperto as mãos, sempre. Assuntos aleatórios vêm e vão, atrás de gargalhadas repentinas. Tudo pra fugir do que realmente paira. Vai negar o cheiro que está no ar?  Vai mesmo usar todo o dicionário evitando dizer as palavras proibidas? Eu fecho os olhos, e não digo nada... nada. E ainda assim, não sei bem o que ela quer de mim. (...)
Comecei com frases céticas, princípios céticos. No meio havia a seguinte frase:  Sabe, o cabelo fora do lugar, o jeito estranho de escovar os dentes e as camisetas bizarras. Não consegui terminar o texto. Vai entender o que acontece dentro da gente...
Receio não ser nada, além do que pareço aos desconhecidos, que sabem somente minha idade. Nada além disso. Receio que não mude, que não saia do lugar, mesmo com as mãos dadas querendo se soltar pra correr sozinha. Receio que eu esteja ilusionando tudo isso: as mãos dadas, as pessoas que não me conhecem e um par que não tem nome. Falta nome mas tem uns carinhos de par, beijos de par, meias e escovas de dente de par. Mas se é, eu receio não saber. 
Duas dúvidas quanto a guardar amor: Será que um dia mofa, se eu não entregar logo a alguém? E será que funciona depois de muito tempo guardado? É que me funde a cabeça pensar no quanto eu poderia ser (mais) feliz se não sentisse medo de entregar tudo que tenho, de encarar as faces medonhas de vários julgamentos que sempre vieram e sempre virão ao meu encontro, quando posso ficar feliz. Se tenho pouca idade ou pouca história, se pareço bem demais pra querer ser ainda mais feliz, se pinto as unhas de rosa, se leio babaquices românticas esperando o meu dia, se me porto sempre com um sorriso que ameniza a dor de qualquer um aqui dentro, não quer dizer que eu não mereça almejar mais nada. Não quer dizer que sei pouco da vida, ou que sou fútil.  Quer dizer bem mais, mais do que esse pouquinho que sei que sou. E pra falar a verdade pouco é a gente que sabe mais do que esse pouquinho de mim.
Pela primeira vez eu queria prever o futuro. Mesmo sem saber qual seria minha decisão final, só pra poder sentir antes as coisas que temo sentir como consequências dos meus atos. Não deveria me culpar por nada. Mas é a vida que me coloca em cada uma... e eu só posso presumir que quero tudo branco. Muito claro. Em paz. 
Voltei a dormir de tarde. Mas não do jeito normal, nem sei se alguém na minha vida sabe como o sono é meu refúgio. Tudo bem, mania de reclamar essa minha. Mas minha cabeça anda a mil por hora, como eu gosto. Só não podia sobrar tempo pra dormir tanto, a ponto de pensar. Pensar que ainda tenho trabalhos e que me sinto um tanto incompetente. Tá, meus trabalhos estão bem feitos até, organizados, posso argumentar sobre todos. Mas quero ser sempre melhor, sempre. E sempre nisso me ferro um pouco pela ansiedade. Eu sempre tenho pressa e preciso me esforçar. No mais, vai tudo bem. Eu queria deixar de pensar no que tenho que fazer com tudo aqui dentro e peguei no sono. Ás quatro da tarde, e zaz, são quase sete da noite. Melhor acordar, acender a luz. Peguei o resto de chocolate em cima do criado e fiquei rindo sozinha. Que tipo de pessoa morde a trufa e rasga o céu da boca com o chocolate? Eu. Sou bem esse tipo. Que não gosta de doce, que promete ver o que tem de bom na cidade e deita, sozin
Tenho uma coisa a contar. Estou pronta pra escutar de você, as críticas sobre eu buscar de mais uma forma, esse drama intenso e acabar escrevendo tudo com "sangue, vingança estampando o espelho", palavras suas. Mas ganhei um livro do Gabito Nunes e sim, estou lendo. Pra começar a dedicatória do livro é uma frase de Paulo Coelho. E eu não nego que gostei de "a vida é o trem, não as estações.". Posso até ouvir você gargalhando agora. Mas voltando ao livro, eu te deixo rir. Porque você sabe, lá no fundo que se encaixa perfeitamente em mil frases que leio hoje, amanhã e depois. 
Parece tarefa fácil, mas não é. Ir lá no fundo das caixas, no final do guarda roupas, onde acreditava guardar meus sonhos antigos, ou coisas que se foram, mas que de certa forma deixavam um gosto bom, pelo que foi um dia. Mas foi. E se guardei até então, era com esperança no coração de que um dia, as coisas ruins fossem embora, e a calma voltasse, junto com um pouquinho de cordialidade que fosse. Até então, não veio. Tentei que viesse, mas não deu mesmo. Daí, aprendi em horas, de forma forçada que é melhor tocar o barco como ele estiver. Com mágoas, ódio ou seja lá o que for. Cartas no lixo, coisas rasgadas, bonecas desenterradas. Tudo um dia tem que desaguar, ir pra algum lugar, pra renovar com vontade, de verdade a alma. 
Se é que tenho o direito de dizer alguma coisa, me sinto uma aluna tentando entender uma matéria difícil na vida. Nunca fui boa no amor. Levanto a mão, pensando em questionar várias coisas. Mas acabo por decidir e explicar uma coisinha: Se mantenho a distância é porque tudo me parece correto no momento errado. Se sinto medo é porque o mistério me faz querer deixar a impulsividade levar. Sou de áries, mas não justifica ser desonesta. Não mereces ser amada de forma escondida, nem de sentir amor com medo, nem de amar pela metade. Não mereces ficar atrás da cortina, nem a culpa e nem condenação. Não digo que há solução exata, a não ser que eu peça baixinho durante a noite, repetidamente, que seus olhos encontrem uma estrela por aí, que te faça sorrir bem mais e que leve a parte ruim com ganas de te completar da forma mais calma e tranquila. Te quero bem.
Existem dias que precisam de resenhas. Ou parte de uma resenha. Existem coisas que se quer merecem ser descritas. Meu medo é não saber descrever como realmente deve ser descrito, rico em detalhes, cheio de curvas, com as devidas decorações de pé de página. Mas eu posso tentar.  Prefiro não contar nada pelo início. Eu gosto da parte em que, depois de sentir muito ódio, corri inconscientemente pro meu lugar de refúgio. Vendo a lagoa, reconheci e me lembrei de muita, muita coisa. Meu lugar favorito estava ocupado e eu não estava nem um pouco exigente, sentei onde dava e onde haviam mais lembranças. Não me importava com elas. Não tanto. Como sempre, fiquei ali parada, sem muita ação esperando que alguém aparecesse e me salvasse de tanta dor. "Ai, como eu sou dramática". Não que eu seja, mas estava. E estava porque precisava estar e não havia sido durante um bom tempo. Todas as cores já me trouxeram um ar melhor, e eu consegui acompanhar os pássaros e suas coreografias be
"O mal soo, flutua." Foi isso que eu ouvi quando expliquei que o que mais queria, era cortar o mal pela raiz, as mágoas, o rancor.
Estranho é quando preferem que você não seja cordial, leal ou pacífico.
Eu fico esperando o dia em que vamos todos gargalhar, juntos sentados num bar qualquer, lembrando de todas as confusões. Não sei se quero estar casada, prometida ou com uma lata no dedo. Mas quero ter uma criança comigo, que seja minha. Contando sobre os casos em que fomos sempre tão amantes, como amigos, irmãos ou como loucos apaixonados por cada traço do rosto ou do braço, o cheiro da nuca. A roda de amigos, onde todos já se apaixonaram por todos, entre festas ou dias nas lagoas. Os que se foram por vacilar demais, os que nem se moveram por amar demais. Eu quero ir e tomar uma visão panorâmica de cada caso de amor e bebida, ter meu lápis e papéis. Depois eu volto, e paro, exatamente na mesa do bar, olhando pra cada um de vocês. Acho que não foram todos que entenderam o valor da amizade. Mas é disso que eu sinto falta. E aí, buscando chamar a atenção, eu me calo diante de tudo, me escondo e fico no máximo a espreita. Do contrário de quem gritaria, louca, desvairada, procurando enfia
Quero reaprender a comer. Voltar a orar da forma que sempre gostei. A me apaixonar, seja dentro do ônibus ou andando pela rua, pelo que for. A amar e a "reamar" quantas vezes forem necessárias até que a felicidade se torne uma coisa acessível.
Les Jours Tristes by Yann Tiersen on Grooveshark Sobre todas as coisas que me fazem refletir ás 1:03 horas da manhã, vendo capítulos de uma ficção tão parecida comigo. É inevitável a nostalgia adolescente. E eu me lembro que na verdade, nunca me interessei por esse mundo adulto. Nunca me apeteceu ter o poder nas mãos. Por incrível que pareça, não conheci a bebida, nem o sexo, nem o amor muito cedo. E quando me vieram essas coisas, vieram juntas. Eu tinha dezoito anos e me diziam que eu só deveria aproveitar. Mas eu me achava muito mais inteligente aos 16. Na verdade eu tive que viver coisas muito além. E não digo ainda, que aprendi a conviver com tais coisas. Por vezes, eu acordo a noite me lembrando das dores que senti, fisicamente. Ou da agonia de viver escondendo do mundo quem eu era. Eu teria certeza de que amava alguém, mas nunca a certeza de que era amada. E nos momentos em que a casa ficava vazia, eu me deitava com meu cachorro no chão, porque ele era o único que co