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Mostrando postagens de fevereiro, 2010
Oscilo entre o tudo e o nada. Me vejo extremista demais com tudo que sinto. E me lembrei de uma conhecida, dizendo uma certa teoria, de um filósofo que não me lembro bem o nome. Apenas me lembro que havia uma comparação da vida, com uma vara, fincada no chão. Quando vem vento, tempestade e desastres, se a vara não se quebrar, o máximo que irá acontecer é que ela oscile muito rapidamente de um lado para outro. E até que tudo volte ao normal, e ela se mantenha em equilíbrio novamente. A vida é assim. E eu, estou há muito tempo, buscando o equilíbrio, enquanto os ventos não param!Apenas, revezam com as tempestades. Se não estou feliz demais, estou triste demais. Pela primeira vez, não gosto de tudo tão intenso. Queria mais harmônico. Peço a Deus, que nada mais faça a varetinha oscilar. Ou então, que eu seja mais e mais forte, e não perca meu equilíbrio. Se é que eu tenho ele.
Eu só queria um pouco de paz. Eu sei que sou normal, e tudo que eu queria, era poder voltar a gargalhar. E morrer de cócegas, e quase fazer xixi na calça. Mas vieram e me disseram que não vou ter uma vida normal. Vim ao mundo para sofrer. Lhe provarei o contrário, mesmo que agora eu só tenha lágrimas.
E hoje, eu descobri, que se eu olho para o céu às 18:43 horas, minha cabeça pode doer e meu olho fica sensível, mesmo que o céu esteja lindo. Descobri que se pensa muito no lado bom da vida, quando num só dia, você frequenta mais de dois médicos de especialidades diferentes. Percebi que tudo está sujeito à mudança. Seu coração também. A todo tempo. Entendi que preciso saber falar, mas criançinhas podem ser más sim. Aprendi que ainda vai levar um tempo, pra que eu me sinta segura, de que sei o que quero, e talvez isso cause gritos pela casa. Ah, concluí que acordar com gritos é péssimo e dá sono. Me lembrei que calor me cansa o corpo, e me dá sono também. E que frio demais, me deixa extremamente preguiçosa e geralmente também vou para a cama dormir. E comecei a pensar que, talvez, o sono não me engorde, como faz com as outras pessoas. Estou com 45 kilos e um estômago chato, que seleciona demais o que entra e o que não entra! Mas quando eu estava sentada na calçada às 18:43 horas eu ti
Um dia atrás seus olhos me viam, mas eu estava desfocada ali. Percebi a cor deles e o que buscavam, procuravam algo urgentemente. Olhei pra mim, para as minhas mãos, não havia nada. E lá estava aquele par de olhos querendo algo. Seriam palavras? Falei. Mas deu (quase) tudo errado. E trêmulos, os olhos estavam em busca do desconhecido, e assim foram embora. Nem sei como chegaram em casa. Nem sei com que força se fecharam para só abrir horas depois. Pensei nisso a noite inteira. E só hoje, vi o foco brilhante e contrastante quando me olharam e não precisaram dizer nada: o sorriso veio mostrar que já estava tudo bem...
Se não tiver nada pra fazer, eu vou mexer nos meus dedos. E se caso eu ficar nervosa, eu vou mexer mais ainda neles. E principalmente nas minhas unhas. E se eu ficar mais nervosa ou triste, vai sangrar meus dedos, Minhas unhas vão diminuir. Assim, como meu nervosismo.
'Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro!' Meninas saem com sede de sexo, a troco de um gozo ou um pouco mais de fama. Buscam carros luxuosos, caras famosos, malhados, rostos bonitos ou simplesmente um pouco dourados. Meninos querem cada vez mais bonés, tênis e mulheres gostosas. Ninguém cresce a menos que o pai ou a mãe morrem. Ninguém se fortalece sem uma dose de vodka, sem mais dinheiro. A onda agora, é ser abusado, como eu li por aí outro dia. Deixe que abusem de você, que falem de você, que riem de você, que babem em você. Assim, tudo faz sentido pra eles. Você tem um namorado, mas precisa de mais caras aos seus pés. Você quer mais caras excitados por seus seios e sua bunda balançando. E você garoto? Que odeia aquele carinha que parece gay na sua sala, mas baba por seu colega que pega todas as meninas por ter dinheiro? Querem carros, fama, corpos, sexo, orgasmos, ouro, fotos, diamantes, roupas
Eu sei que as páginas ficaram lá, pelo chão... mas o que escrevi está cutucando aqui agora. Eu não prometo mais nada a mim mesma, pois sou fraca ao ponto de não conseguir prometer. É falta de dignidade não cumprir depois. E quero ser alguém digna de alguma coisa. O que eu senti, foram diferentes dores e faltas de ar. E sei, que parece insano, escrever tudo. Mas me conheço bem, a ponto de saber, que não aguento ficar sem escrever. Ninguém deve ler isso aqui. Um ou dois, no máximo. Pessoas que pegam as coisas pela metade. Que importa também! Lembra da parte em que eu me fecho? Pois é. Vou dormir.
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from http://sugarduste.tumblr.com/page/2 Ganhar ou perder agora, não faz sentido algum. Cheguei ao ponto, onde, tudo ao redor é arriscado demais pra mim. E não, não posso mais temer a cada reação diferente de quem está diante de mim. Então, que eu corra riscos, e seja forte para aguentar as consequências. Que eu seja dura, seja mulher, mesmo que só, mesmo que aparentemente frágil. E mesmo que toda a platéia não bote fé alguma numa magricela que só tem seus pouco aninhos e não sabe nada da vida. O que eu faço, é realmente pra saber um pouco mais. O medo de ser traída, cuspida, agredida, desprezada, amada, adorada, beijada ou pisada só pode existir dentro de mim. E se eu me fechar mais um pouco, vai ser só pra não mostrar que talvez, eu esteja triste. 'Se amanhã não for nada disso, caberá a mim esquecer.'
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Foto: http://liquorinthefront.tumblr.com/page/12 São toques tão delicados, frágeis E cabelos que exalam cheiros divinos São palavras e sussurros É só o começo da diferença.
Sozinha, caminho por uma estrada. Vejo desconhecidos, estranhos pelo percurso. Vejo até monstros, vejo o diabo vestido de anjo. Eu acho que é melhor, não dar a mão a ninguém por agora. É a minha vez, minha hora. Que importa se eu choro o tempo todo, se me envolvo demais? Eu vou sim, mostrar do que sou capaz. E se está doendo, me deixa, cicatriza com o tempo. Só não me peça, pra que eu volte a ser como eu era, a inocência voou com o vento.

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Não sei mais o que sinto. Vieram lembranças de longe, pra não dizer que meu coração quis voltar a ser rancoroso. Não sei se é essa minha mania de ter que sofrer em cada parte do filme, que mostra alguém indo embora. Mesmo que seja esse alguém uma das pessoas mais importantes da vida. Mas é que queria saber como você está agora. Queria saber se chegou bem. Queria estar do seu lado, nesse momento tão importante. Mas talvez, não seria tão importante, se eu não estivesse com você. Vieram a nostalgia e a dor de não poder subir àquela rua a qualquer momento, porque meu coração estava triste e meus olhos queriam os seus. Que merda, eu sou dramática demais, me enterrem logo ¬¬'
Eu vi aquele vestido cruzar a rua e atravessar toda a noite que começava. Me lembro do sorriso contido em lágrimas, do desespero misturado à vitória. A busca de um pouco mais de liberdade, requer a busca de mais responsabilidade, além do medo. Eu antes, não tinha medo de nada. Hoje, sinto calafrios até com o barulho do portão. Da janela do meu quarto, que as vezes cria olhos sombrios de um menino. Do barulho das minhas lágrimas, que vêm do medo. Não quero mais falar de nada, por hoje. Quero meus sonhos de volta, quero dormir.
Seria um dia perfeito para morrer. Não que uma fuga fosse a melhor saída. Mas é que o corpo anda cansado, de tantas feridas, que, quando parecem que vão se curar e cicatrizar, acabam se abrindo mais. Acabam ficando ainda mais feias. Já não aguento mais, tantas lágrimas, tanta dor, tanta incompreensão. Minha alma está fraca, minhas unhas roídas novamente. Meu rosto expressa essa angústia e tudo que eu quero, é sim fugir. Fugir pra ter que me esquecer que um dia eu nasci, fui viva. Me perdoa Deus, mas preciso de mais injeções de alegria, otimismo. Mesmo que seja meio artificial. O natural acabou, e não sei mais onde encontrar forças para produzir sozinha. Não devia ter nascido, se fosse pra nascer assim... Talvez eu não mereça esse mundo.
'mirame, quien sabe a donde llegare tomame no hay suelo ya donde caer' Kudai
As vezes, é melhor nem escrever por aqui. E sim, tudo pode piorar. Hoje, tinha que ser um dia feliz. E será, e será.
Tenho dezoito anos, filha mais velha, três irmãos, todos meninos, diferentes em tudo, um pai que trabalha demasiado pra conseguir dar tudo que precisamos ou não precisamos, uma mãe louca para voltar aos seus vinte e poucos anos, ou pelo menos voltar a dançar. Tenho uma namorada, a que sempre sonhei pra mim, tenho alguns amigos, tenho uma família grande, observadora e crítica e engraçada e um pouco falsa. Tenho espinhas pelo rosto, tenho medo de... de... perder as pessoas que amo, tenho medo de... de... não sei muito, de que tenho medo. Assim, como medo de um animal ou medo de alguma sensação. Tenho muita música no meu notbook, tenho cabelos demais, que crescem demais, e unhas que eu acabo roendo, porque tenho ansiedade a quase todo tempo. Também tenho um pé que parece nunca se limpar, tenho as pernas finas, muito finas. Deu pra ver quem eu sou ? Ou você também acha que é melhor ser, do que ter ?
Apaticamente, olhando a janela colorido lá fora, o vento bate e só o rosto se refresca do calor que no corpo faz queimar. Não há nenhuma lágrima, nenhum sorriso, apática, apática, cinza embaixo da colcha amarela. Nada que entrar doce nela, vai poder sair com o mesmo gosto, nada. Na mente, vagas lembranças, havia um gramado. Será que sozinha daria certo? Será que não era pra ser assim, como é, dentro de mim? Será que errei quando, diante dos olhos, me entreguei e não corri? Por que é que tinha que ser tudo assim... ?
Saí correndo pelo portão, atrás dela, com a dor dos estalos na perna. Haviam sidos tapas atrás de tapas, risadas intercaladas e nada caladas na frente do meu irmão. A gente começou do nada, como sempre, e de repente eu já estava subindo a rua me desculpando pelo tapão que dei, nas costas. 'Sempre acaba assim, emburrada', eu disse. Mas voltamos a sorrir. Naquela 'mais uma volta' pra casa, senti uma coisa diferente, como uma sensação que há tempos eu não tinha. Tudo parecia novo, mesmo sabendo que devia ser a centésima vez que eu subia aquela rua sem asfalto. Me lembrei das brigas, as vezes que, num dia só, subi e desci oito vezes com ódio, medo e amor. Lembrei das noites desesperadas que eu chegava de viagem e, ainda com o banho da manhã eu te abraçava com a saudade matando. Lembrei das vezes em que subimos felizes, e descemos tristes ou com raiva, e vice-versa. Lembrei da vez que tentou por um fim em tudo, e até pôs, mas aí me lembrei do dia em que voltou pedindo um ab
As camas estão bagunçadas, roupas pelo chão. Copos pelos quartos, chaves, papéis inúteis. Uma vontade imensa de organizar tudo, e fugir logo após. Uma energia que me puxam pelos pés, mas eu quero é correr. Sou de fogo, quero um pouco mais de calor. Me prendo por pouco tempo, ao que me importa pouco. A casa continua com os pés para o céu. Tento fazer minha cabeça voltar para o lugar. Inútil. Nasci assim meu bem... e assim serei. Alienada é que vou caminhando. Louca, absurda, com a aparência fraca, e sentindo o pulsar do meu interior. - Ei, meu bem. - (...) - Deixe a casa como está, vamos embora. - (...) 'Me dê a mão, vamos fugir daqui...'
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Abracei a boneca que me restara, com força. Agora, tínhamos problemas mais sérios. Pais e mães a cuidar. Não havia motivos para pensar em ciúmes malucos, nem no tamanho dos sentimentos dentro de cada uma. Somos nós e nós, com tudo que nos une e separa. Fechei meus olhos e tentei apagar as coisas ruins.   O que mais odeio, é pensar que as pessoas que ficam lá fora, na rua, não entendem o que nós, aqui dentro, passamos. Se choramos pelas ruas, sujas, buscando um meio fio para sentar, ou se gritamos entre muros e portões é porque nos sufoca, e esse mundo não foi feito pra nós. Veja com os olhos bem abertos, que ninguém mais consegue amar sem esperar a troca. Lá vamos nós, mais uma vez. Me deu a mão, e na outra, a boneca pendurada. Comecei a sonhar.
As incertezas me deixam com esperança de que pode tudo melhorar. Toda dúvida, me desperta liberdade, e talvez um pouco de medo. Agradeço tanto por ter medo, por sentir dor, por dar de cara no chão uma porção de vezes! Porque só assim, sinto o alívio, a felicidade de poder curar ou acalmar a dor, de poder sorrir depois, com isso ou aquilo novo pra mim. Só depois de sofrer com a tempestade, é que vamos gloriar com a bonança. E a bonança só é bonança, se antes tiver vindo a tempestade. Não, não tenho intenção alguma de ganhar nada, de ser melhor em nada, de ter nada demais. O que eu quero, é poder ser eu, somente eu, poder sentir tudo que vem à minha pele, sendo um carinho ou uma gota de fogo. Que venha o que os céus queiram. Eu ando no meu ritmo, mesmo que seja contra a correnteza, e mesmo que seja só eu. 'Eu que já não sou assim, muito de ganhar, junto as mãos ao meu redor, faço o melhor que sou capaz, só pra viver em paz (...).'     Los Hermanos.
Senti um pedaço de unha desçendo pela garganta. O nervosismo passara e agora, tenho as pontas dos dedos, que doem e, provavelmente, amanhã vou tomar choque no banho, caso eu troque a estação do chuveiro. Pensar que pagamos um preço por ser quem somos. Já sabia disso. Mas ainda não tinha reparado, o quão alto é esse preço. Pensar, que, quando bem quiserem, vão cuspir na minha cara, como se, ser do jeito que sou,  fosse um crime. Pensar que, existe gente inútil, mesquinha a ponto de usar o tempo e o dinheiro que têm pra mostrar com maior realidade, a estupidez e o preconceito. Hoje, eu consegui chorar. Mas amanhã, acordo um pouco mais forte. Espero que não me cobrem, por ser ríspida e desconfiada demais. A vida me fez assim.
Como se eu tivesse escrito isso.
' (...)Quero ser como os Lírios, misteriosos como os mitos que o cercam. Contraditórios: Para uns a definição perfeita da pureza e da devoção, para outros o símbolo da insubordinação e da ninfomania... Simples, puro, frágil, independente, forte, cálido, complexo... Indecifrável.' Jô Falcoski  
Eram dois corpos, excessivamente diferentes exteriormente. Por dentro, tudo se repulsava e pedia afago, em ambos. Por dentro, tudo queria fugir, escapar num e noutro. Foi o que fizeram de início. Fugiram, uma fuga inútil e idiota. Em alguns momentos, na tentativa de uma fusão, se repulsaram, pelo hábito dos interiores. Hábito que forçava cada corpo, ter só aquele pequeno espaço, e ter só ele, seu corpo, como forma de carinho. Um é pouco. Muito às vezes suficiente. Mas nunca para sempre. Imperava uma alma de um lado, pedindo um abraço, mas o corpo não teria coragem a solicitá-la. Imperava outra alma, querendo tudo acalmar dentro daquele corpo, querendo que a repulsão acabasse, enfim. Depois de toda fuga imbecil, como extraterrestres que nunca haviam se visto, resolveram que se fosse para repulsar, repulsaria. Num olhar que poderia decifrar cada interior, perceberam que estavam iguais. E num toque pela face de um e de outro, e num abraço, e num beijo. E num afago tão procurado, os corp

Podia ser você.

Deu vontade de acordar lembrando de como ontem foi lindo. De dormir e agradecer aos céus, por tanta coisa boa. Deu vontade de ser amada sem medo, de me entregar sem segredos e sem ter que construir minha armadura de ferro. Deu vontade de ser abraçada, de ter aminésia e me esquecer dos machucados. Deu vontade de gritar bem alto, que sou a pessoa mais feliz do mundo. Deu vontade de me esquecer de mim, só pra viver tudo mais intensamente ainda. Deu vontade de ser compreendida, de ter meus amigos e ter histórias pra contar. Deu vontade de dizer que amo sim, e que vou sempre amar. Deu vontade de acreditar de que, não iremos nos esquecer de nada de bom, de crer que vamos aguentar cada muro alto. Deu vontade de amar, sem ter que lembrar do rosto, sem lembrar da boca dizendo 'ódio', só deu vontade de amar. Bem, eu queria que fosse com você. Podia ser você. Mas se realmente não pode, não quer, não consegue... fico aqui, na vontade de ser amada. _________________ E, naquele momento,
Mergulhei debaixo do lençol e coloquei minha cabeça debaixo do travesseiro, como de costume. Não, eu não estou preparada para recomeçar sozinha. Se é que um dia estive acompanhada de verdade. Fosse nas horas ruins, eu me sentia só, e se não me esforçasse para encontrar quem queria, continuaria a me sentir só. Mas, pensando bem, não estava preparada quando dei aquele beijo, nem quando parti, nem quando me entreguei de corpo e alma. Aliás, preparada não é meu melhor adjetivo. Corajosa, talvez seja melhor pra mim. Tenho tentado não dar de cara em postes altos demais, tenho tentado olhar bem para o chão, e ver se não há nenhuma corda para me fazer cair. E, geralmente, quando vejo que há alguma, faço amizade com a pessoa que segura a tal corda, tentando a convencer de não deixá-la ali. Mas, será mesmo a melhor coisa a fazer? Eu não deveria dar um chute no carinha da corda, fazer ele cair no chão e dar o fora? Não entendo essa minha mania de agir de forma totalmente inesperada nas horas mais
Prevendo o futuro. Ou sofrendo por ele. Peguei as malas no armário, com aquele cheiro de mofo, as limpei um pouco, porque estava com pressa. O que eu queria, era que em poucas horas estivesse naquele lugar, onde meus sonhos se realiziariam. Bem, não sabia mais quais eram meus sonhos, pois estava agora só, totalmente só e, antes, meus sonhos contavam com uma pessoa ao meu lado. Pessoa que já não estava mais, naquela altura, depois de não aguentar ficar só comigo, porque sou pouco. Sou e sei que sou. Botei as roupas meio emboladas, aproveitando que minha mãe não estava por perto, peguei algumas caixas e terminei com meus pertences. Contei o dinheiro na bolsa, estava certo, e não sobraria, mas me senti feliz, mesmo sabendo que era uma fuga. Fuga do que na verdade eu sentia. Tomei o ônibus com um ar de liberdade, e tentando desenhar pelo caminho. Estava só, demasiadamente só. Me lembrei das 'juras de amor desbotadas'. E sim, me fazia falta com uma enorme força. Mas eu deveria me