Eram dois corpos, excessivamente diferentes exteriormente. Por dentro, tudo se repulsava e pedia afago, em ambos. Por dentro, tudo queria fugir, escapar num e noutro. Foi o que fizeram de início. Fugiram, uma fuga inútil e idiota. Em alguns momentos, na tentativa de uma fusão, se repulsaram, pelo hábito dos interiores. Hábito que forçava cada corpo, ter só aquele pequeno espaço, e ter só ele, seu corpo, como forma de carinho. Um é pouco. Muito às vezes suficiente. Mas nunca para sempre. Imperava uma alma de um lado, pedindo um abraço, mas o corpo não teria coragem a solicitá-la. Imperava outra alma, querendo tudo acalmar dentro daquele corpo, querendo que a repulsão acabasse, enfim.
Depois de toda fuga imbecil, como extraterrestres que nunca haviam se visto, resolveram que se fosse para repulsar, repulsaria. Num olhar que poderia decifrar cada interior, perceberam que estavam iguais. E num toque pela face de um e de outro, e num abraço, e num beijo. E num afago tão procurado, os corpos se contrairam com tal força, que não puderam se separar. Diferentes, mas se encaixaram perfeitamente. Se contraíram, por dentro e por fora. E descobriram que, a repulsa, não acontece um com o outro, nem se quiserem.
Depois de toda fuga imbecil, como extraterrestres que nunca haviam se visto, resolveram que se fosse para repulsar, repulsaria. Num olhar que poderia decifrar cada interior, perceberam que estavam iguais. E num toque pela face de um e de outro, e num abraço, e num beijo. E num afago tão procurado, os corpos se contrairam com tal força, que não puderam se separar. Diferentes, mas se encaixaram perfeitamente. Se contraíram, por dentro e por fora. E descobriram que, a repulsa, não acontece um com o outro, nem se quiserem.
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