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Mostrando postagens de abril, 2012
Não é só de trabalho e dinheiro que se faz um homem. Não é só de títulos ou comemorações. Não é só de méritos ou boa reputação. Vai além do aprender, acertar. Se faz do erro, da busca pela correção, da educação e ética, do perdão e da humildade. Blasé com clichê, mas ao se pintar de bom para o mundo lá fora, faça uma boa pintura, ao menos .
"See I'm trying to find my place, but it might not be here where I feel safe. We all learn to make mistakes."
Chora baixinho no quarto ao lado. Dá pra ouvir as fungadas, devagar. Puxa, e o barulho fica cada vez mais alto. Dizia que estava infeliz, mais cedo, que sentia dores no corpo. Dores, que nunca passam. Cabeça, a pressão andava caindo. Os seios precisavam de cirurgia. As rugas traziam insônia. O cabelo, ah, o cabelo! Dizia que se sentia mal, deprimia o fato de não o ter escovado até aquele momento. Precisava dar um jeito no cabelo, nas unhas. E assim fez. Mas agora, está lá, sentada, comendo. Aposto que as lágrimas se misturam ao arroz, o cabelo se molha nas pontas, e as rugas virão com mais força. Ser mulher é mais do que isso, eu tenho dito. Eu tenho visto, tenho sentido, que ser mulher vai além do cabelo, das gravidezes, do marido cheio de mania resmungando do lado. Ô menina, já te disse isso. Tem aí uma vida tão boa, dessas que dá sim vontade de chorar. Mas que chore por coisa boa. Já não se sente só mulher, eu sei. Parece atrasada, andando devagar, as pernas não aguentam tanto, ma
Tem dias que sinto vontade de me vender por aí. Dizer pra alguém, um alguém qualquer que pegue, leve, cuide como achar melhor. Bom, na verdade eu queria que alguém, um alguém específico o fizesse. Mas que se dane. Eu não vou mesmo amar outra vez. 
Incompatibilidade de sentimentos. Se é que há isso mesmo aí. Eu quero, mas não devo, não posso e vou, se acaso a campainha tocar. Desço e esqueço dos medos, escuto e faço meus barulhos, entrego quase, quase tudo. E depois volto subindo, sozinha com uma interrogação ainda maior no lugar do coração. Iaiá, se eu peco é na vontade de ter (...)
A última coisa que me mais me emocionou, profundo e instantaneamente, foi uma sms da minha mãe, dizendo que me ama.
E o que eu não quero é ganhar uma noite e perder meia vida. Eu assisto diariamente, planos escorrendo ralo abaixo, junto com o álcool e umas desgraças que mesmo se procura encontrar, fazer, criar. O imediato pode esperar, o eterno acaba, nem toda amizade existe, a cem por cento. Minha meta principal é levantar a cabeça e olhar a janela. Tentar encontrar o ponto mais distante que consigo enxergar, mesmo que não tão nítido esteja, é pra lá que eu vou, pagar pra ver, pagar pra me ver sorrir de novo.
A gente cresce ouvindo que amor é uma besteira, coisa infantil e que passa, mas liga sua tv agora e olha lá o porque de tanta notícia. Quando sobra amor, vira piada. Quando falta, vira morte.
Por mais que pensei que seria, que pensei que poderia ser um dia, pela forma que quis que fosse, que foi mas deixou de ser. Por mais que queria poder, escolher pra ser ou ser pra ser escolhida, não adianta, se não for, não vai ser e ponto. E longe de mim, querer ser solução ou problema de alguém. Longe de mim esse apego instantâneo que soa falso. Longe de mim tanto desamor. Longe de mim qualquer coisa que me faça ser o que eu não deveria. Mas e aí, o que sou pra você?
Um desafio: permanecer firme independente de qualquer circunstância alheia. 
O lábio superior tem mais volume. O sorriso, mesmo de boca fechada, é largo, mas sereno. Olha por cima dos óculos, pensando numa frase pra zombar de mim. E na minha visão periférica, posso pegar me olhando de cima a baixo. Critica tudo, todos, mas principalmente tudo em mim. Só posso sorrir e me reafirmar, é claro. Minhas roupas, e falas, e manias, e meu corpo, minha mente, meu romantismo, meu medo de cachorros, meu medo de sentir medo do amor, meus pulos de nervosismo, meu piercing. Mas então, eu não falo, mas odeio suas críticas do nada, suas intromissões na minha roupa, cabelo ou bolsa, ou maquiagem, sua mão boba, sua mania de dizer que eu não cozinho nada (mesmo que seja verdade), sua mania de querer que eu implore por sua presença e permanência aqui, suas histórias fictícias pra eu sentir ciúmes, sua mania de insistir em alguns assuntos pra me deixar com mais ciúmes (porque eu não demonstro, nem que eu sangre o olhar). Você odeia? Então eu odeio também.
Ansiedade é quando eu mexo tanto nos meus dedos e nas unhas, mordo, esfrego, arranho e ainda me pergunto de onde está vindo o sangue que suja a mesa. 
Francamente. Repito, francamente Sofia. Essa sua cabeça, um dia explode. E seu coração, um dia derrete de vez. Essa mania de dar corda pras brigas com sua mãe. Não vale de nada e só te machuca mais. Francamente menina, essa mania de querer ser amiga ou melhor, ser amigável com todo mundo. Isso não dá tão certo assim. Não guarde mágoas, realmente faz mal. Mas veja bem, se não vai confundir tudo. As pessoas não podem se confundir. E você precisa permanecer sabendo dizer não. Não mais se machucar, não mais deixar que te machuquem, não mais ao sarcasmo, ao drama cotidiano e falso, à hipocrisia de querer ser livre, ficando preso em ideologias contraditórias e que os deixam cada vez mais igual ao resto do mundo. Não mais "paga pau", cresceu com gênio forte, sabendo se expressar, francamente Sofia, onde estão suas frases de efeito? Francamente, foi fraca a ponto de perder tudo pelo caminho, enquanto a bolsa caía no chão, seu cabelo voava e todos assistiam? Onde estão, todas as fra
Entre copos que exalam verdades, a bebida descia amarga no início. Mas depois de um certo tempo, certos goles somente me esquentavam. Nem sei como permaneci com um vestido tão curto, sentada, pegando vento. Sei que a um certo ponto, suas palavras me sustentaram e provavelmente me esquentavam também. Foi digna de ser enterrada naquele quintal, como uma lembrança, que embora embriagada, tinha um borrão como nos sonhos que tenho. Um borrão, como as nuvens que escondiam a lua. Eu buscava uma referência, alguém conhecido pra firmar meus olhos, mas ela estava escondida. Olhei pro chão, arranquei plantinhas, segui o copo que ficava vazio, mas não deu pra escapar, voltei a olhar pro seu rosto, de onde saía tudo que eu queria ouvir.