Por mais que pensei que seria, que pensei que poderia ser um dia, pela forma que quis que fosse, que foi mas deixou de ser. Por mais que queria poder, escolher pra ser ou ser pra ser escolhida, não adianta, se não for, não vai ser e ponto. E longe de mim, querer ser solução ou problema de alguém. Longe de mim esse apego instantâneo que soa falso. Longe de mim tanto desamor. Longe de mim qualquer coisa que me faça ser o que eu não deveria. Mas e aí, o que sou pra você?
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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