A inveja pode ser mais brutal do que imagina. Pode-se lutar contra ela, durante o tempo que for. Tapar sua boca com beijos, presentes, futuros promissores, esperanças que ás vezes não se sabe nem de onde tirar. Não basta tampouco amor, respeito. Não adianta ser cego. Ela cega é quem a adota. E os beijos, carinhos, o amor de verdade escorre pelo ralo.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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