Tem dias que a dor vem mais e mais forte. Freneticamente é humano buscar uma solução. Que eu sinta na pele, que doa a cabeça, o físico pra que a mente possa liberar de uma vez por todas. Vai, leva logo tudo isso de dentro de mim. Tira todas as recordações logo, nem que eu perca a razão, porque já é hora disso aqui se curar.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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