Não que mereça texto. Nem mesmo meu tempo e meus pensamentos. Eu poderia transferir tudo pra outros olhos, mas na verdade quero deixar minha vida me levar aos poucos a tudo que tem mesmo que acontecer. Mas me pergunto por essa casa, esse quarto, que é só mais um na minha história e mais um pra escutar com a calma que só meus quartos têm. E aí, de onde vinha a desconfiança e inveja? De onde se nunca plantei isso em nenhum coração? Tratava logo de tirar pela raiz, eu sei que doía até no corpo, mas eu arrancava. Onde traí a confiança, em que parte da novela? Deixei de fazer por mim, para fazer por quem nunca se humilhou tanto, quem nunca sofreu tanto sozinha. E aí, agora, confia? Confia no que sou e fui? Claro que não. Claro que não confia, nunca confiará. Nem se um dia eu voltar a sorrir a seu redor. A confiança que plantei, você arrancou pela raiz. Doeu, dói até agora. Mas ninguém sabe mais quem é você. Quantos olhos, e bocas tem. Nem mesmo quantas faces por inteiras. Mente, oculta, dramatiza. Mas um dia, o palco desse teatro cai. Afinal de contas, não é fácil conseguir bases fortes sem a força que amizades e amores que o tempo decidiu construir, ferro a ferro, soldados e selados SOMENTE com verdades e resignações.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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