Um quadro de confissões antes nunca pregado na parede. Mesmo soando cansativo, analiso ainda mais cada passo que dou, pra frente ou pra trás, alguns em falso mas ainda sim, caminhando. Porque agir instintivamente não lhe parece muito convincente, mas acredite: eu não perderia meu tempo simplesmente me fazendo sofrer de graça. O que quero é sempre uma dose de atenção, um diálogo cotidiano que compartilhe de verdade o que sente, seja muito bom ou muito ruim. Quero poder saber os motivos, quero ficar em silêncio por  respeito, gargalhar por uma piada exclusivamente nossa, quero nosso mundo mais feliz, mais divertido. Não quero obrigações, avisos, ameaças, medos e refúgios. Quero andar involuntariamente satisfeita, conspirando um futuro tranquilo, uma viagem incrível, um reencontro ardente, quero meus suspiros aliviados por ter acreditado, por ter sido quem te fez feliz mesmo longe, quem soube te ouvir ou soube falar. Quero ser um pedaço que te cabe, mas ainda não sei se sou. Se ocupo espaço demais, desconfortável. Se ocupo quase nada, (des)considerável. Se misturo minha ânsia e medos, falta de experiência e carência e deposito como se eu tudo fosse, como se você tudo fosse, fazendo com que não haja se quer critérios para um dia deixar de ser. Ou se ainda não sei do valor e espaço que se deve dar a um encontro, essa coisa que nem sei direito o nome, mas que quando desencontra me deixa tão triste. Mas como eu disse, eu quero ser alguém considerável. Quero motivos. Me dê motivos.

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