Enfim, silêncio. Uh... Somente a torneira frouxa, mas que seja, já é um pouco de paz. Embora eu não saiba lidar com o silêncio de maneira completa, ele é meu amigo, mas vira as costas de vez em quando e me deixa solitária. Tirando isso, minha vida se faz melhor no silêncio. Na calma. E o que sinto e peço socorro antes de pegar no sono, é por essa irônica situação, onde tanta gente se junta para festejar, me abraçar e talvez dizer coisas que nunca diriam, exatamente para eu me preparar para um longo tempo sem tanta gente assim por perto. Ou talvez, sem abraços. O que me deixa encucada é só sentir o confortável. É não pensar no outro lado, é não saber ler nos meus olhos que falam vermelhos, cansados, de que tudo isso é mais delicado do que se imagina.



Eu sou ingrata diante da minha vida. Sou fraca diante dos desafios. Eu, que sempre amei mudanças. E amo, e amo. Porque de ingratidão, tudo se transforma daqui a um tempo. Não garanto, mas sinto. Logo eu que era desapegada com as pessoas, que amor era algo bobo, que ter amigos era opcional e pensar no futuro era, apenas ver um computador ligado noites a fora e a conta bancária crescendo. Me surpreendo comigo mesma. Mas não era o momento certo de amolecer o coração. Não é, aliás. Tenho que endurecer os sentimentos, como alguém que congela por um tempo pra deixar tudo intacto e esperar que daqui a uns meses, tudo derreta. Porque derrete mesmo, eu choro mesmo, mas olha, que seja porque o tempo vai estar passando. Derrete e é nesse momento que vou precisar de verdade de tudo que construí por aqui. Espero que eu tenha sido uma garota legal, falando nisso. Porque apesar de me entregar, confiar, e querer cada dia mais compartilhar as coisas boas e ruins com todos, eu geralmente não cobro nada de volta. Não se cobram consequências à vida, não é? 

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