A esperança equilibrista
Sozinha, sempre fui e sempre me acostumei a ser. Nunca buscava refúgios a não ser um pouco mais de mim num papel, nos cadernos em branco que encontrava pela casa ou em músicas que se parecem comigo. Sou forte, a ponto de me machucar várias vezes só pra ter certeza da dor. Sou fraca, a ponto de chorar sozinha, por sentir muito intensamente, cada palavra que se é direcionada a mim. Não levar tão a sério pra mim é difícil. Mas sei, que cada lágrima que cai, me entope de força. Não instantaneamente. Não aquela força que me faz levantar de pronto da cama, me dizendo que não é sono, e sim tristeza. Mas uma força que sei que existe, e que vem um tempo depois das lágrimas. Eu poderia ser mais viva, eu sei. Mas essa força, infelizmente me deixa mais fria e sonolenta. Como um remédio que me faz dormir pra eu me esquecer. Claro que me recordo! De tudo! Mas vejo com outros olhos, se for possível. No fundo, sou só. Esse pó nem tanto incorporado. Que nem todos lembram. Que poucos conhecem. Que alguns se cansam. Que eu tento descobrir todo dia. E a força, bem, precisava dela hoje, precisava de um pacote bem grande. Não bastam somente lágrimas. Mas um motivo pra entender por que elas descem, e o que fazer depois que elas se enxugam. Talvez seja a pior parte. Porque lá no fundo, eu faço tudo isso sozinha.
Insegurança, medo, tristeza, insegurança mais uma vez.
Raiva, fraqueza, solidão.
Talvez eu precise dormir, pra tentar entender.
♫Mas sei, que uma força assim pungente, não há de ser inutilmente,
A esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha, pode se machucar...
Insegurança, medo, tristeza, insegurança mais uma vez.
Raiva, fraqueza, solidão.
Talvez eu precise dormir, pra tentar entender.
♫Mas sei, que uma força assim pungente, não há de ser inutilmente,
A esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha, pode se machucar...
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