Naquele dia em que acordar te traz nostalgia, e gritos te cortam a pele. Assim permaneço. E a cada navalhada, tento esquecer da realidade, dormindo. Sei que pela noite, tentarei me satisfazer em alguns copos. Sei que sou fraca demais, e hoje à flor da pele eu não contenho nem uma lágrima se quer. A parte boa, é que amanhã acordo um pouco mais forte.


Darei trabalho à quem ficar muito perto. Hoje, talvez eu coloque uma máscara, um vestido e um salto, coisas que não uso quando sou eu. Hoje, vou gritar pra ofuscar minha dor. A dor de tudo. De saber que não posso ter tudo que quero e que tampouco sou capaz de conseguir. Um pouco de pessimismo não faz mal à ninguém. Mas quando ele chega a mim, faz um estrago danado.

Tenho um pulso roxo, um rosto marcado por esse mar de rancor e sentimentos (que eu nunca consigo esconder), uma mão trêmula, esses braços fracos que pedem pra dormir. Tenho espinhas ainda e bem, me pediram pra que eu não fosse infantil. Acho que já disse aqui mais vezes, mas o fato é que crescer dói.


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