Platônico.
Olha ela ali. Morena, aquele cabelo cacheado... consigo sentir uma vibração ao ver ela passar. Um ritmo. Uma música. Consigo me ver vibrar ao ver a quantidade de pessoas que vão pará-la até chegar ao seu destino, conversando, abraçando... consigo me sentir mal, ao ver os abraços, os beijos, os olhares de desejo. Olha bem, olha! Agora ela vai, dizendo e encantando por ter tal simpatia, por ter nos olhos um brilho de cristal. Alguns a olham de lado, idiotas e estúpidos. No fundo, o que todos queriam era simplesmente tê-la. Talvez nem ela saiba o que tem, ou o que é. Mas ela, é a morena que me deixa sem ar, me faz vibrar por esses dias de vento, quando a vejo passar. É a morena que tem história, que tem um mundo aberto pro mundo e outro fechado pra si. E nesse vento que a vejo passar, me sinto solta, mas presa a ela. E toda a hora que puder vê-la passar, aqui estarei. Não é delírio, mas o seu cheiro fica, e atrás dos seus pés, seguem os versos de um poema sutil, simples, quase invisível...
Se fosse somente platônico, seria assim.
Mas os versos do poema sutil, eu vou escrevendo aqui.
As vezes, eu não posso acreditar, quem é você;
'Que faz o céu queimar assim perto de mim' ?
Eu fora da realidade, e faço tudo errado.
Ela é minha, ela é minha.
E a cada dia aumenta mais aqui dentro.
Tudo que eu não tinha.
Ela, os versos e o caminhar vibrante pela rua.
Se fosse somente platônico, seria assim.
Mas os versos do poema sutil, eu vou escrevendo aqui.
As vezes, eu não posso acreditar, quem é você;
'Que faz o céu queimar assim perto de mim' ?
Eu fora da realidade, e faço tudo errado.
Ela é minha, ela é minha.
E a cada dia aumenta mais aqui dentro.
Tudo que eu não tinha.
Ela, os versos e o caminhar vibrante pela rua.
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