Aquela festa me deixou à flor da pele do início ao fim. Não gosto muito de lembrar, mas algumas particularidades nunca vão me sair da mente, por coisas tão bonitas e delicadas que se passaram. Eu procurava entre gritos e mais gritos dos copos de bebidas e confusões adolescentes dos meus amigos, um refúgio que me mantivesse na cadeira sem me coçar, sem que meus olhos marejassem mas que me emocionasse. Foi aí que ele chegou. Pediu o violão, de forma tranquila. E escolheu com o coração a única música que tocou. Nem ouvi sua voz, foi muito sereno. E olhou pra mim durante esse tempo apenas pra que tivéssemos certeza de que eu ficaria bem, senão depois, mas durante a música pelo menos. Fez sua parte, me olhou nos olhos e eu senti o desejo de boa sorte.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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