Aquela festa me deixou à flor da pele do início ao fim. Não gosto muito de lembrar, mas algumas particularidades nunca vão me sair da mente, por coisas tão bonitas e delicadas que se passaram. Eu procurava entre gritos e mais gritos dos copos de bebidas e confusões adolescentes dos meus amigos, um refúgio que me mantivesse na cadeira sem me coçar, sem que meus olhos marejassem mas que me emocionasse. Foi aí que ele chegou. Pediu o violão, de forma tranquila. E escolheu com o coração a única música que tocou. Nem ouvi sua voz, foi muito sereno. E olhou pra mim durante esse tempo apenas pra que tivéssemos certeza de que eu ficaria bem, senão depois, mas durante a música pelo menos. Fez sua parte, me olhou nos olhos e eu senti o desejo de boa sorte. 

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