Lavamos todas as roupas. Ela lavou. Com aquele ar de quem precisa limpar tudo de uma vez só. E eu assisti com uma leveza que chega a ser fraca. Acredito que nunca me sairão as pulgas, as que ás vezes não me deixam dormir. Não entendo porque em mim. Mas resolvi deixar pra lá. O que tiver que ser, serei só, serei dela e de mais ninguém, serei minha e querendo ser talvez. Não quero explicação pro que me formiga as pernas, corrompe meu amor, me deixa fraca e sozinha, com cara de vilã. As roupas sujas de hoje, estão aí, limpas e secas, já que esse sol sempre me favorece. Então... rodopio os olhos sem me mexer. O espaço da  cama é pouco, ela me aperta os braços. Pretendo não reclamar do presente, não planejar o futuro. Meu passado já era faz tempo. Eu vou mesmo é aumentar o volume do samba, que mesmo chorando me mata de rir.

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