Lavamos todas as roupas. Ela lavou. Com aquele ar de quem precisa limpar tudo de uma vez só. E eu assisti com uma leveza que chega a ser fraca. Acredito que nunca me sairão as pulgas, as que ás vezes não me deixam dormir. Não entendo porque em mim. Mas resolvi deixar pra lá. O que tiver que ser, serei só, serei dela e de mais ninguém, serei minha e querendo ser talvez. Não quero explicação pro que me formiga as pernas, corrompe meu amor, me deixa fraca e sozinha, com cara de vilã. As roupas sujas de hoje, estão aí, limpas e secas, já que esse sol sempre me favorece. Então... rodopio os olhos sem me mexer. O espaço da cama é pouco, ela me aperta os braços. Pretendo não reclamar do presente, não planejar o futuro. Meu passado já era faz tempo. Eu vou mesmo é aumentar o volume do samba, que mesmo chorando me mata de rir.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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