Sobre amores impossíveis, incalculáveis ou daqueles em que um lado é maior do que o outro eu entendo bem. Mas desses que deixam a gente caminhando na corda bamba, mesmo que as luzes do circo sejam lindas e coloridas, junto com a torcida que grita e já conta que vou chegar lá, enquanto eu vejo a altura em que estou e mesmo que seja um sonho, se eu cair posso me machucar um tanto... esse amor eu realmente não conhecia. Até porque ainda não sei o que é.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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