Um medo de ficar só, um medo gigante. Sei que é absurdo, pra mim que sempre fui tão só. Conversava comigo, até hoje converso, escrevia, ainda escrevo. Mas antes, supria essa minha necessidade de gente ao meu redor. Me falta confiança em cada pessoa. Talvez confiança em mim também. Ainda estou bem. Mas tremo ao pensar que vou embora, e, tudo vai voltar como era. Sozinha ali, procurando alguém que eu possa simplesmente conversar e dizer besteiras. Besteiras que as vezes saem com minha máscara de pessoa feliz. Eu ainda vou ser muito feliz. Tenho que aprender a viver. Nem que seja como antes... O que me deixa segura, é que algumas poucas pessoas vão estar comigo, qualquer coisa, é só ligar, pra ver se passa.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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Beeijos!