É bem nesse cotidiano que amo ver minha vida. Nossa vida. Essas vidas por aí. Espinhas, cabelos, calor, supermercado... há coisa melhor do que viver junto em tudo? Me sinto uma parte do seu lado. Juntas, singularmente. Se algo se partir, a regeneração nunca mais será a mesma. Chega de si. Vivamos agora, o tempo não pára, já dizia quem aproveitou até a última gota de vida.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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Beeijos!