Me deitei com a cabeça pesando, parece que foi a chuva. Me agarrei ao elefantinho velho e sujo, de pano, ganhei aos meus catorze anos, é um dos meus confessionários nem tão ambulantes. Me veio um deja vu. Me senti sozinha, como nos velhos tempos. Mas não queria, nem quero mudar. Acabei me lembrando dos meus 'amigos' espalhados pelo quarto, dentro do guarda-roupas como aquele elefante. Sempre assim, eu fui. Sempre restrita à gente. Se havia gente demais, tudo que eu queria, era desaparecer. Ficar quase só. Confesso que melhorei bastante. Hoje, posso sorrir e distrubuo sorrisos por onde for. Hoje, sei da importância. Mas dentro de mim, não importa tanto. Confesso que não consigo, não consigo. É um enorme obstáculo e ainda nem me levantei pra ver o tamanho da montanha. Permaneci deitada com o elefante de pano abraçado, quase esmagado em mim.
Olhei pra todas as bonecas, e tentei fazer a expressão de cada uma, no espelho.
Caí em desespero.
Eu tenho medo de um dia, não poder ver mais ninguém, mesmo que quando eu me olhar no espelho, eu veja alguém que nunca conheci. Tenho medo de acordar e pedir que ninguém abra a porta do quarto, nem me veja, por um dia inteiro. Ou até que eu consiga dar bom dia às pessoas, sem desconfiar dela, sem medo de gente.
Me encontra, e me levanta daqui, assim que puder.
Olhei pra todas as bonecas, e tentei fazer a expressão de cada uma, no espelho.
Caí em desespero.
Eu tenho medo de um dia, não poder ver mais ninguém, mesmo que quando eu me olhar no espelho, eu veja alguém que nunca conheci. Tenho medo de acordar e pedir que ninguém abra a porta do quarto, nem me veja, por um dia inteiro. Ou até que eu consiga dar bom dia às pessoas, sem desconfiar dela, sem medo de gente.
Me encontra, e me levanta daqui, assim que puder.
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