Um calor intenso, misturado à minha tensão. Ciúme nem tanto. Insegurança mesmo, e que não conseguia dissipar-se no ar a não ser através da minha pele. Era gente demais. Lembranças demais. Uma dor que aquele bar nunca conseguiria entender, mesmo que eu explicasse diversas vezes a cada um que bebia um copo de cerveja.
Depois de um tempo, um garoto desconhecido chega. Ótima aparência. Bonito mesmo. Sentou-se do meu lado. Deve ser da turma dos outros, e acabei nem conhecendo, pensei. Ficou em poucas palavras e entre goles de nem sei o quê. A mim, pouco importava. Ela passava a mão nas minhas, mas aquilo me irritava mais. Não simule nada nunca, dica. Era o que meus olhos diziam. Mas ela não escutava. Cigarros, cervejas. Argh, esse mundo não é meu!
Me levantei e fui pro lado de fora. Andei um pouco sozinha e me sentei numa beirada de muro, numa casa abandonada. Não Sofia, ela não vai vir. E era verdade. Eu passava a conhecer tudo aquilo da melhor forma possível. Se não me engano, algum conhecido passou, me disse um oi básico. Nem naquele vestido vermelho eu conseguia me achar bonita. E devia estar. Mas frustrações, quando batem à porta, fazem um estrago que depois eu te conto. Muito feio.
O ar lá fora estava bem melhor. Não havia fumaça, nem gente falando de foto no dia da piscina. Preferi me incluir no meu mundo. Até que alguém apontou, descendo as escadas e vindo em minha direção. Oi. Oi. Aqui, pediram pra eu vir aqui, pra saber se você tá bem. Tô, mais ou menos. Liga não. Tá calor, ja passa. Ah, imaginei, também tô sentindo muito calor. É. É, eu tô deslocada ali também. Aquela, do meu lado. Hum. Estava com ele há dias atrás. Ah, entendi. Me falaram que você estavam juntas a tempos. Estamos, de volta. Mas não tô aguentando muita coisa não. Ah, mas calma, isso é normal. Além disso, aqueles cigarros. Parece que é pra aparecer. Olha, se é eu não sei. Mas eu já passei pela mesma situação. Como assim? Terminei porque ele bebia. Ah. E aí? Me arrependi depois. Conta quantas pessoas bebe lá dentro. Amor é outra coisa, não cerveja, nem cigarro. É. Sou meio geniosa mesmo. Mas aqui, outra coisa. Fiquei sabendo que ele tá namorando outra garota. Eu imaginei. Mas sei que ela gosta de outro, não dele. É namoro de fotografia, par bonitinho. Preocupa não, ela deve gostar de você. É, deve mesmo. Vamo lá pra dentro, pra ninguém ficar preocupado? Tá bom. Como é seu nome? Sofia. E o seu? Rafael.
Ok, o Rafa não virou o meu amante, nem meu cupido. Mas é um amigo em que toda vez que alguma coisa parece estar fora do lugar ele nos olha e diz: por favor, eu já perdi um amor de verdade! Não perca o de vocês. NÃO ME FRUSTREM! - Com aquela voz e a performance teatral que só ele tem.
Depois de um tempo, um garoto desconhecido chega. Ótima aparência. Bonito mesmo. Sentou-se do meu lado. Deve ser da turma dos outros, e acabei nem conhecendo, pensei. Ficou em poucas palavras e entre goles de nem sei o quê. A mim, pouco importava. Ela passava a mão nas minhas, mas aquilo me irritava mais. Não simule nada nunca, dica. Era o que meus olhos diziam. Mas ela não escutava. Cigarros, cervejas. Argh, esse mundo não é meu!
Me levantei e fui pro lado de fora. Andei um pouco sozinha e me sentei numa beirada de muro, numa casa abandonada. Não Sofia, ela não vai vir. E era verdade. Eu passava a conhecer tudo aquilo da melhor forma possível. Se não me engano, algum conhecido passou, me disse um oi básico. Nem naquele vestido vermelho eu conseguia me achar bonita. E devia estar. Mas frustrações, quando batem à porta, fazem um estrago que depois eu te conto. Muito feio.
O ar lá fora estava bem melhor. Não havia fumaça, nem gente falando de foto no dia da piscina. Preferi me incluir no meu mundo. Até que alguém apontou, descendo as escadas e vindo em minha direção. Oi. Oi. Aqui, pediram pra eu vir aqui, pra saber se você tá bem. Tô, mais ou menos. Liga não. Tá calor, ja passa. Ah, imaginei, também tô sentindo muito calor. É. É, eu tô deslocada ali também. Aquela, do meu lado. Hum. Estava com ele há dias atrás. Ah, entendi. Me falaram que você estavam juntas a tempos. Estamos, de volta. Mas não tô aguentando muita coisa não. Ah, mas calma, isso é normal. Além disso, aqueles cigarros. Parece que é pra aparecer. Olha, se é eu não sei. Mas eu já passei pela mesma situação. Como assim? Terminei porque ele bebia. Ah. E aí? Me arrependi depois. Conta quantas pessoas bebe lá dentro. Amor é outra coisa, não cerveja, nem cigarro. É. Sou meio geniosa mesmo. Mas aqui, outra coisa. Fiquei sabendo que ele tá namorando outra garota. Eu imaginei. Mas sei que ela gosta de outro, não dele. É namoro de fotografia, par bonitinho. Preocupa não, ela deve gostar de você. É, deve mesmo. Vamo lá pra dentro, pra ninguém ficar preocupado? Tá bom. Como é seu nome? Sofia. E o seu? Rafael.
Ok, o Rafa não virou o meu amante, nem meu cupido. Mas é um amigo em que toda vez que alguma coisa parece estar fora do lugar ele nos olha e diz: por favor, eu já perdi um amor de verdade! Não perca o de vocês. NÃO ME FRUSTREM! - Com aquela voz e a performance teatral que só ele tem.
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