Acho que eu te amo mais do que a mim mesma. Porque já desvinculei de toda e qualquer forma, mas ainda sim, você parece cruel, má, e eu continuo a sentir tudo aquilo que um dia eu achava lindo. Hoje, foi só um sonho ruim. Mas ontem, foi um pesadelo real. Não, não está tudo bem, não pergunte o por que, suas cobranças só aumentam a cada dia. Não sou uma peça de comércio, não tenho a obrigação de nada a seu respeito. Não posso ser culpada dos seus erros, não sou a errada quando peço somente que se cuide, realmente se cuide. Não julgue o que sinto, nem o fato de eu esconder o que sinto. Entenda que são escolhas minhas, e não é porque são minhas que você tem poder sobre elas. É exatamente disso que falo. Não pode ter poder sobre mim como quer. Não posso ser tão manipulável, nem me acostumar a ser machucada, por ter desgosto em viver. Eu queria muito que tudo se ajeitasse, que ficasse bem, de qualquer jeito. Porque agora só dói e mais nada.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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Cláudio/Sete Lagoas.