Dormir tem sido fácil. Acordar nem tanto. Se eu pudesse injetar alguma coisa aí, seria raiva. Ódio. Tudo pra não entender o que é ver sentindo tudo, tudo que já senti, por milhares de vezes. Mas passa. Dizia pra mim, que passa... e eu não acreditava. Bem, ainda não acredito em tudo isso. Mas mentalizo, que passa. Espero.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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