Contra tudo e todos
Acho que desde meu grandioso nascimento, não tive muita sorte na vida. É até angraçado dizer isso hoje, mas quem vive mesmo sou eu. Com 5 anos, não me enturmava muito na escola. Só aos 7, 8 anos, tive uma amiga tãão legal, que quando mudei de escola, teve amnésia e não me cumprimentou mais. Pois bem, quando completo meus 17 anos, com medo de crescer, me vejo cercada de amigos, amigos que confio, que sabem dos meus segredos (porque confio). E aí, tenho que me mudar. Levando comigo as melhores lembranças, muita coisa guardada pra ainda fazer. Tudo porque preciso provar que sou forte. Forte o bastante pra aguentar essa dor, essa coisa estranha, pra aguentar todos se vendo, menos eu. Pois bem, estou aqui, viva. Não parece, mas sinto dor. E mesmo sem dizer nada a ninguém, vou tentar ser a mesma. Não é porque estou na faculdade, que tenho que sair todos os dias, ir em todas as festas, cantar todos os meninos (¬¬') veteranos e beber até me entopir. É tão ridículo e mesquinho ver as meninas se empolgando com isso, e se esquecendo de estudar de verdade. E eu aqui, tão perdida, querendo viver a minha verdadeira vida. Tendo que escutar cada tolice... me dói o coração saber que podia estar em Belo Horizonte fazendo o que eu realmente quero. E que vou ter que lutar tanto pra conseguir. Nadar contra a correnteza, pra voltar a ter meus tão sonhados amigos, a pessoa que amo ao meu lado e estudar pra enfrentar quem está sem problema algum e tem sonos normais.
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