'Coleccionista de Canciones'

Escrevi ontem, sentindo uma dor que não sabia bem de onde vinha. Deixei à mostra minha ferida, meus medos. E como faço ultimamente, me mostrei à defensiva, por ver e ouvir tanta coisa ruim. Tentei dormir, mas não podia. Dentro de mim haviam em resumo duas coisas: minha angústia de brigar tanto, todos os dias, e não conseguir entregar toda a confiança em suas mãos. E meu amor, que apesar de tudo, de todos os dias, de todas as coisas difíceis, eu sei e sempre soube que prevalece. Mesmo sabendo que tentar falar com você seria quase impossível, você diria que não ligo a mínima, que sou insensível, que sou egoísta e não acreditaria que estava um pouco mal, e que sem saber porque chorei dentro do quarto pensando no que fazer, mesmo assim tratei de tentar ver se ainda estava lá. Fui xingada, pisada, não me escutou. Me entreguei à minha frase padrão: é, tem razão. Chorando, com minha dor aumentando. Não conseguia entender porque me pedia pra te deixar. Não entendia nada, nenhum palavrão. Mas bastou ouvir sua voz pra entender. Lógico que o amor prevalece. Meu desespero nem tão nítido, minha voz sumiu no meio do seu choro, eu queria apenas que você conseguisse respirar meu ar, no meu lugar. Minhas frases leves, devagar. 'Se me deixar de alguma forma, minha vida vai embora com você', pensei. Lembrei de você dizendo que a culpa era minha. 'É, tem razão', quase falei engolido. Nada pude fazer. Mas precisava ter um sinal seu, até poder dizer que te amo e acabar ouvindo o mesmo.

'Y cada vez que miro al pasado, es que entiendo que a tu lado, siempre perteneci'...

Eu só quero olhar o céu junto com você. Não sei encontrar nossas estrelas sozinha.

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