Voltei andando pela rua, com medo. De tudo, de todos. Com uma fome que não existe, com pressa e triste, não podia falar com você. Pra mim, era assim. Veio uma lembrança.
Meu último dia em Sete Lagoas. Ainda com a incerteza de estar fazendo o certo, saí enfrentando muros e opniões. Um dia antes, te entreguei uma carta, como qualquer outra, mas com um desafio, que talvez mudou minha vida. Até a hora de ir, nada de resposta. Lembro até de suas ironias, deboches, sem motivo, comigo. Voltei triste pra casa, depois de me despedir. No meio do caminho, o telefone vibra. 'Vai dizer boa viagem!', pensei. Atendi: Oi. Disse num arrepio. 'Desafio aceito!'. Era tudo que eu precisava.
E não consigo parar de chorar. Logo eu, tão insensível. Escuto todas as músicas que você pode estar escutando. A casa uma bagunça, minha cabeça a mil. Não consigo parar de comer. Quero estudar. Preciso de amigos, você, de menos gente ao redor. Me refugio em livros que não gosto, em escrever feito tola, em desenhar em cada papel que vejo. Demoro a dormir, faço contas à toa. Preciso falar mais, você menos. Preciso conseguir pensar. Mas posso concluir que nada aqui dentro vai mudar. Preciso só de um controle. Um controle sobre eu, você, e aquele colchão no chão, que já não pode me fazer esquecer as coisas, como eu fazia antes.
Meu último dia em Sete Lagoas. Ainda com a incerteza de estar fazendo o certo, saí enfrentando muros e opniões. Um dia antes, te entreguei uma carta, como qualquer outra, mas com um desafio, que talvez mudou minha vida. Até a hora de ir, nada de resposta. Lembro até de suas ironias, deboches, sem motivo, comigo. Voltei triste pra casa, depois de me despedir. No meio do caminho, o telefone vibra. 'Vai dizer boa viagem!', pensei. Atendi: Oi. Disse num arrepio. 'Desafio aceito!'. Era tudo que eu precisava.
E não consigo parar de chorar. Logo eu, tão insensível. Escuto todas as músicas que você pode estar escutando. A casa uma bagunça, minha cabeça a mil. Não consigo parar de comer. Quero estudar. Preciso de amigos, você, de menos gente ao redor. Me refugio em livros que não gosto, em escrever feito tola, em desenhar em cada papel que vejo. Demoro a dormir, faço contas à toa. Preciso falar mais, você menos. Preciso conseguir pensar. Mas posso concluir que nada aqui dentro vai mudar. Preciso só de um controle. Um controle sobre eu, você, e aquele colchão no chão, que já não pode me fazer esquecer as coisas, como eu fazia antes.
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