Marcas de um dia perfeito. O primeiro dia do ano.

Foi tudo tão simples, como são todos os primeiros dias do ano. Mas havia algo diferente. Algo totalmente em conhecimento e em contexto com meu coração.
Acordei com preguiça, abri os olhos e avistei a barraca de camping, onde eu estava. Amo sentir essa sensação de quando acordar, ver que não estou em casa, embora nos últimos meses eu tenha perdido um pouco a referência de onde é minha casa. Olhei as roupas jogadas, como estava bagunçado tudo aquilo, bem a minha cara. Senti falta de algo, o que era eu bem sabia, mas nem todos os meus sentidos já haviam voltado ao normal. Dei uma volta com a cabeça, olhando o teto da barraca, virei meu corpo... foi súbito e impulsivo, meu sorriso ao ver aqueles olhos fechados, parecia que pegaram no sono havia pouco tempo. Era sim, aquela pele cor de mel, bem ali, na minha frente, parecia um sonho. E era o primeiro dia do ano, do dito, 'nosso ano'. - Bom dia amor! - disse alto, com a felicidade à flor da pele, horas depois fiquei sabendo que algumas pessoas escutaram isso lá fora. Me respondeu com um sorriso, aquele que já contei em outros textos. É, tudo que eu queria. Quero ainda. Todos os dias, as noites, as horas. Até quando me enjoar, me doer, porque é isso que me faz melhorar, me acalmar, me alegrar.

Acordamos assim, tomamos um banho de chuva, andamos pelo barro, sentimos o frio ao redor de árvores, cansamos de andar, rimos até sentir a barriga doer, fizemos fotos para lembrar... eu e o sorriso com covinhas... e voltando de um passeio dentro de um carro, já pela noite, descobrimos o tamanho da lua, e entre alguns beijos e afagos de carinho, ela me contou que, a lua cheia, era resultado de um dia bonito.

Por noites e noites, eu tenho o luar, só pra nós.

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