A chuva limpou o céu, e quando cheguei em casa, a luz do sol já iluminava algumas coisas. Percebi que hoje é dia de limpeza. Não no sentido 'lavação de roupas'. Mas no sentido de limpar a alma. Pra renovar e poder ver mais motivos pra continuar e não parar de andar(mos, juntas).
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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