Diziam pelos livrinhos sobre signos, que eu sou uma pessoa impulsiva, e que gostava muito das pessoas de início, mas logo ela me enjoavam. Diziam que um namoro, por exemplo, duraria somente o tempo que eu me acostumasse e desistisse, pois concluíram que eu odeio rotina e gosto de mudanças e coisa nova. Acho que nem uma vez, citaram 'amor' nesses horóscopos. Amor mesmo, de verdade. Porque nunca citaram, que eu me apaixonaria pela mesma pessoa durante um ano inteiro. E também não falaram que mesmo fazendo as mesmas coisas todos os dias, ao lado da pessoa por quem me apaixonei, eu iria ter um medo enorme de perdê-la. Nenhuma vez, falaram que se algum dia, um namoro acabasse, eu iria ficar totalmente inconformada, sem dormir, sem comer, passando mal e a base de remédios. Nem citaram que eu faria quase tudo pra ter tudo aquilo de volta. Eu realmente não entendo. Eu sou de fogo eu sei. Sinto frio e ás vezes sou fria mesmo. Mas a parte do coração, a gente é que sabe. E a propósito: eu não quero perder você nunca, meu amor.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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