No meio do caminho, não tinha uma pedra. Havia um muro, cheio de arames, que me cortariam os pulsos, claro. Se eu te disser, que estou agora, por cima do tal muro, a me cortar todo o corpo, o derrubaria por mim? Ou simplesmente, diria, que é alto e perigoso demais? E se eu ficasse muito mal, ali em cima, pra qual lado me ajudaria a descer? O lado em que você está, ou o lado onde ru ficaria sozinha?
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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