A plenitude sagrada dos dias normais, preenche o espaço, que há pouco eu não sabia que estava vazio. Sou pequena demais, e meu ser compreende tanta coisa, que gotículas que sejam, de felicidade transformam-me em um mar, inteiro, rico em sorrisos e boas vibrações. Completo, eu digo que está, mas também digo, que farei o possível para dizer amanhã bem cedo: falta algo. É só a mania de buscar mais e mais. Eu sei que é saudável. E de saúde podemos muito bem falar. Nós, que já sentimos na carne a busca da dor física para que a dor psicológica fosse embora. Nós que sabemos o que é perder o ar, a voz, e cabelos, por ouvir, apanhar e dormir soluçando de medo. Tudo vale, tudo vale. E aí, num dia desses, normalíssimos, o corpo pesado depois do trabalho, depois de cozinhar e atender a todos consigo concluir com fé, que valem os dias normais, sem mais abismos no ser, sem tantas surpresas malignas. Apenas a surpresa de saber que se está aqui.
Comentários
resposta ao seu post:
eu não tenho muita bem definido em quem votar não, só acho paia comprar igrejas para favorecer eleição em um estado "laico".
seus textos sempre muito ótimos ! parabéns !