Antes de dormir, tenho pedido perdão a Deus. Por não mais aguentar. Sei que foi tanta luta, e eu esperando uma melhora. Eu tratei de melhorar bastante, mas só posso fazer por mim. Entre orações, pedidos que vençamos. Longe ou perto. Sozinhas ou não. Minhas forças parecem se esgotar. Há um mundo nos chamando lá fora, e ainda não percebeu. Podíamos ir com a roupa do corpo mesmo. Mas a mente não mais presa às pequeninas coisas que me atormentam a noite. Exigências extremas, sobre o que eu escrevi por aqui e não te contei. Não mais. Não posso continuar assim. Escrevo, falo mesmo. Se eu me esqueci, foi só esquecido. Eu sempre fui tão leal... fiel. Não lhe cobro um centavo da rua que já fui apedrejada pelo destino e pelos feitos imbecis. Somente aprendi a amar e ponto. Aquela troca de carinho gostosa, atenção, cuidado, proteção. Há uma imagem sua que guardo bem aqui. Mas é só uma imagem, não mais você. Obssessão extrema, não busque mais a perfeição pra me agradar. Quero que lute por você, e assim me agradará.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
Comentários