Dezembros marcantes.


Só de ler estas palavras que escreve, pois não vejo seu rosto há semanas, eu tenho uma ponta de medo e sinto a sua dor. Dizem que os homens sentem mais dor que as mulheres, e aí, pensei em te contar isso, por pura brincadeira. Mas eu sei garoto, que na prática, nada disso é engraçado... No dia em que acordei zonza demais pra me dar conta que estava perdendo meu amor, e contabilizar o tempo que sofri com a distância, eu tive forças na fé. Eu pedi Deus que apenas me protegesse. Não havia com frequência as mãos de mãe, nem mesmo as táticas que pai passou para você pelo telefone. E pouco importa agora, quem vai sair na moral, ou na vantagem. Sinceramente? Ter forças e acreditar é uma chave. Seja no que for. Amores vêm e vão. Isso é fato. Mas o quanto eu queria estar perto de você pra fazer farra (as farras que nunca fizemos)... e a nostalgia que sinto ao ouvir sua voz dizendo que quer vir logo... Meus pensamentos só se confortam quando eu me lembro do que sou hoje. Saí de onde queria sair, e traço meu caminho devagar e sempre. Pressa pra que? Se enquanto a maturidade não chega, o que se sente é solidão? Não aconselho esquecer, e apenas memorizar a frase: "Deixa estar, que o que for pra ser vigora". A gente não conhece nada, nada mesmo. Ontem mesmo, a gente se batia pela casa, pregando rixa eterna. O tempo voou garoto. E é exatamente nessas horas que a gente se dá conta disso. Então, faz essas malas e vem embora logo, que é pra gente aproveitar cada festa dessa cidade, e a gente poder ver o seu sorriso outra vez.



"Quando tudo parece sem saída sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo."
Caio Fernando Abreu.

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