Me permitia ás vezes, somente abrir os olhos sem me mexer. É como um jogo idiota, que já me fez perder o ar umas três vezes. Depois do sono, ou mesmo antes dele, tento controlar e contabilizar minha respiração. Inspira, expira. Sincronias idiotas que tento fazer que me deixam louca e me fazem perder a merda do sono. Um dia, fiquei presa. Tão presa que não podia acordar, por isso. Alguma coisa dizia que ainda não estava na hora. Mas odeio que me controlem. O fato de ser mais forte do que eu, me doeu a alma, chegou a ferir meu orgulho e tudo que eu mais queria era acordar. Nem meus olhos eu podia abrir. Ridículas sensações que invento, criam asas e fazem de mim uma refém. Até o dia em que prometi não controlar mais nada. Nem tempo, nem expira, nem inspira, nem datas. Metódica e extremista infantil, ai que ridícula.

Comentários

J.V.Kaisen. disse…
Não há nada de ridículo nisso tudo... é só um pouco louco, sabe? mas, afinal, quem é que não é louco pelo menos uma vez na vida, não?

Postagens mais visitadas deste blog