Me permitia ás vezes, somente abrir os olhos sem me mexer. É como um jogo idiota, que já me fez perder o ar umas três vezes. Depois do sono, ou mesmo antes dele, tento controlar e contabilizar minha respiração. Inspira, expira. Sincronias idiotas que tento fazer que me deixam louca e me fazem perder a merda do sono. Um dia, fiquei presa. Tão presa que não podia acordar, por isso. Alguma coisa dizia que ainda não estava na hora. Mas odeio que me controlem. O fato de ser mais forte do que eu, me doeu a alma, chegou a ferir meu orgulho e tudo que eu mais queria era acordar. Nem meus olhos eu podia abrir. Ridículas sensações que invento, criam asas e fazem de mim uma refém. Até o dia em que prometi não controlar mais nada. Nem tempo, nem expira, nem inspira, nem datas. Metódica e extremista infantil, ai que ridícula.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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