Se eu for pensar, eu acabo me lembrando de tanto que já fiz por ti. Do tanto que lutei, quis matar meu mundo, quis me matar, te matar. Eu lembro do quanto chorei, em vão, sozinha, com o mundo nas costas e todo mundo gritando em cima: Está indo longe demais!. Se eu for pensar, eu depositei minha confiança no vácuo, e depois que ela se foi, fiquei fria. Hoje, espero o mínimo de educação. Hoje eu quero viver o hoje e nada mais. A gente vai levando, chutando a pedra na rua, pra ver onde vai dar. Mas nada demais. Eu bebi nas últimas saídas, mas não sinto nada demais. Eu resolvi desenhar e não mudou muita coisa. Sabe, não tem gosto de mel, nem fel. Não fede tanto, nem cheira tão bem. É por esse caminho que eu vou andando. O amor? Ele existe, claro. Mas talvez tenha mudado a cor, a temperatura e talvez ele também esteja cansado de querer ser alguma coisa que não é, e nunca foi.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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