A minha vida se tornou tão mais viva, depois de tantas tempestades. E eu que achei que nunca aguentaria. Achei que eu fosse até forte, mas não o bastante. Daquelas tardes em casa, pensando nas gotas d'agua que caiam e eu escutava. Me lembro bem, que a cada uma nova gota, o ódio do tédio me franzia a testa com força a ponto da cabeça doer, eu só queria movimento. E é aí onde eu fiquei sabendo onde estava a solução. Eu sei me virar, viver a vida sem necessariamente alguém a me empurrar. Eu tenho pessoas realmente lindas, e as que não se consideram que se ferrem em seus imundos lugares. Eu não preciso de ninguém que me faça mal, que me compare ao chão onde piso. Eu posso não ter a maioria a meu favor. Mas a minoria, concerteza vale a pena. O que eu faço tem valor. O que eu vivo é importante e bonito. E o que sai de mim, para não mais voltar, foi minunciosamente pensado, calculado e testado. Eu sou frágil, mas tenho certeza de (quase) tudo que quero desse planeta.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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