Por um bom tempo eu esqueci um monte de gente que esteve ao meu lado. Larguei todos, simplesmente dei tchau e fui embora, com poucas explicações. Eram momentos difíceis demais pra eu parar, explicar e ainda corria o risco de ninguém entender nada e ainda me julgar. Aos poucos, eu vejo algumas dessas pessoas, voltando à minha visão. Algumas voltam felizes, por me verem contente com a nova vida. Perguntam por tudo, comemoram. Outras com receio de algumas coisas. Nunca quis forçar ninguém a ouvir nada da minha vida. Eu gosto de cuidar de mim, sozinha. Acho digno. E amizades são fundamentais, mas depender delas todo o tempo não faz bem. Mas bem, atualmente eu sinto que ainda não sei lidar tanto com as pessoas. Com grupos. Com olhares que julgam. Não gosto de me apegar a colegas. Demoro a concluir amizades. Dizer "ele é um amigo" demora no meu mundo. Há precauções a tomar, muitas. Desculpa por ser tão estranha a ponto de esclarecer que fui ingrata em certos pontos. Eu ainda estou aprendendo.
I'm like a bird, Six Feet Under e os últimos 5 anos da minha vida.
Deixei essa música pra tocar, porque me lembro de ouvi-la há anos, desde quando terminava o ensino médio, até à época em que entrei pra faculdade. Hoje, trabalho em uma rádio que toca sempre, mesmo que ela seja uma música velha que a geração dos meus irmãos mais novos nem conhece. E toda vez que ela (e outras músicas antiguinhas) tocam enquanto trabalho, minha mente volta anos atrás. Acabo analisando várias coisas. Naquela época, eu achava que não iria gostar tanto de ninguém, e como minha vontade secreta sempre foi "bater asas" por aí, mudar de estado, país, conhecer coisas e lugares novos, eu sempre me via na música. Parecia coisa de adolescente mesmo, querer tudo aquilo. Mas aí, hoje vejo que estou a um passo de largar o pouco que tenho (pouco mesmo) pra me aventurar em uma vida que eu pensava em ter. Obviamente, eu gostei de muita gente, amei demais, sofri mais ainda (infelizmente ainda não consigo olhar apenas com o coração sem mágoa nenhuma de todos os meus
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