Voltou, sem querer ter tanta pretensão. Já tendo ao me ver escorrendo pelo chão, apanhou meus restos derretidos e soube bem o que fazer comigo. Não quero mais pensar que é em vão. Chega de fugir dessas cores vibrantes, dessas melodias e agora, desse perfume que me denuncia. Tudo bem, você não sabe onde chegou. Nem eu mesma sei. E quem ousar decidir onde estou e o que devo fazer, perderá toda a graça do momento.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
Comentários