É de coisas leves que preciso. Esses olhares contagiantes, que nem sorrisos são, mas sorriem sim, pra mim. Olhando pro teto e ouvindo sobre todas as teorias de fuga, sobre acreditar (ou não) em amor eterno, sobre o cabelo estar bonito sem nada de frenesi. Sem cordas, amarras, cadeados, promessas. Talvez algumas fitas coloridas, e só.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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