É preciso confiar. Não sei em quê mais, mas é preciso. Porque se foi, um mundo criado por todos os argumentos da minha fantasia, utópica, mas não tola. É preciso confiar, no que encontrar de mais transparente. E chega a ser engraçada essa ironia que vejo. Nos mais misteriosos e tão mal interpretados rostos é que acabo encontrando paz. Onde até eu mesmo duvidava. E se for pra bater com o rosto no poste de luz de novo, por estar olhando demais pras estrelas, eu bato. É preciso confiar sempre, e acreditar em alguma coisa. Assim como é preciso bater com a cara em alguns lugares (altos ou baixos demais). Lá vou eu...
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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