Os últimos trezentos e sessenta dias que passaram, acabam hoje se resumindo, em minha mente, em palavras clichês. Ela. Elas. Amor. Mas tudo de uma forma tão nova, que me sinto estranha em descrever.

Um amor que há pouco virou fantasma, ás vezes me atormenta pela janela do quarto. Em certas noites, em pesadelos. Dói pensar dessa maneira. Mas entre carinhos, os gritos, as abraços e o sufoco. Era entre a proteção e entre bofetões. Era entre sonho e pesadelo, uma doença, um vício. Entre seu desprezo ou cobrança, eu sei que amei com tudo, exatamente tudo que eu tinha. Eu menti para esconder minha tristeza, e deixar tudo mais alegre. Eu escondi do mundo minha angústia e minhas mãos trêmulas pós brigas. Simplesmente fechava os olhos e dizia que iria dar conta até ser mais feliz. Mas daí o fantasma se acostumou com tal vida. Ou morte. Não sei bem. Entre traições, abandonos. Entre confissões sobre seus outros beijos, separados por longas vírgulas e gargalhadas debochadas do meu rosto já cansado. Como se não bastasse minha tristeza, senti um pedacinho de mim, não sei bem, da alma ser arrancada e jogada no chão embolada como um pedaço de papel. Era tarde, eu me perdia ali. O fantasma venceu a batalha. Perdi a vontade de tudo. E mantive sutilmente a face rosada.

(...)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog