A cada dia que passa, me encanto mais com crianças. E me lembro da minha mãe gritando como se rogasse uma praga, que eu teria uns dez filhos. Que seja. Acredito que se cada um deles, vier sendo fruto de um amor, tudo bem. Mas até isso aí acontecer... ih, pode demorar tempo demais. Então, até lá, se eu tiver um só, ainda há tempo e motivo pra comemorar.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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