Era sempre assim. Naquele quarto-mundo branco, onde ninguém poderia me escutar, eu botava a mesma playlist, o mais pesadinho que eu tinha, e me fazia parecer contente, no último volume. Deitava na cama, e com o travesseiro por cima da cabeça, encharcava o lençol de tanto chorar. E é a mesma playlist que botei hoje pra fazer a mesma coisa. Mais um quarto-mundo, mais fronhas molhadas. E depois tudo seca. O quarto inteiro, e meu interior.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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