Voltando pra antiga rotina, o vento batendo forte no meu rosto sempre soou como liberdade pra mim. E eu vim escutando todas as músicas que iam me deixando cada vez mais frágil, mais mole e mais confusa. Me pergunto insistentemente o por quê disso tudo aqui dentro, agora. Por que, se eu já senti tudo que eu precisava, diante dela? Já senti amor, tesão, medo, carinho, compaixão, ódio, ciúmes, gratidão... eu já guardei mil coisas e já as soltei totalmente, liberei meu espírito de quase tudo. Me forço agora, para não mais guardar mágoas. Parece quase impossível ás vezes. Mas ainda me imagino contente em andar pela rua, mesmo que sozinha, e de coração aberto para o mundo, e encontrando com um antigo amor acompanhado sorria desejando o melhor do mundo pra eles. Um passo de cada vez, eu prometi a mim mesma. E assim vou fazer. Talvez seja por isso mesmo, que tudo esteja doloroso e confuso agora. Acabo de chegar no lugar onde há pedaços de um amor antigo, fotos, cartas, desenhos, tudo empoeirado, misturados a outro cheiro, outro ar, outras fotos, roupas, quase o toque da pele, de um alguém que merece um amor novo, merecemos todos, novos amores... mas cabeça e coração confusos não deixam ninguém respirar em paz.

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