Sei que sou careta, ás vezes rosinha demais, ás vezes sombria demais. Adoro ficar sozinha e escrever sobre as mesmas tantas coisas que a vida me faz. Desenho todos os dias, não tenho nenhum projeto em mente, não fumo e quase não bebo. Não sou de correr atrás do amor. Não, não sou. Mas se vem alguma coisa pequena, um carinho dele, eu não fujo. Não corro atrás do amor, mas se vem um carinho, chega, fica, deixa o cheiro, a cor, o sabor e as palavras, eu deixo, eu cuido e realmente, se eu puder escolher, pediria que ficasse. Só mais um pouquinho. Prometo deixar ir, quando quiser.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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