Entre tantas coisas intocáveis, mas mundanas, entre todas as viagens que eu fiz dentro de cada um que se senta na minha frente e olha minhas pupilas, me tirando palavras, abraços, desejos, o que for! Eu só posso pedir que fique. Um pouco mais. É que transcende que o que existe é forte, bonito e fixa minha mente aí dentro, sem muita vontade de sair. Nunca se sabe como se chama, nunca gostei de nomear muita coisa. Mas fique se realmente quiser.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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