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Peço desculpas aos meus dedos e às mãos que nunca param de digitar, às unhas quem machucam os cantinhos por tudo, tudo outra vez. Me perdoem, mas é que ficar em cima desta ponte me machuca. Não sei até quando, nunca sei. Não volto pro lugar de onde vim. Não termino de atravessar a ponte. Do outro lado, pode haver nada. Muito provavelmente, não há nada. Está longe. Assim como é esta altura. Muito alto aqui. E eu também posso pular, se eu quiser. Sem a mínima vontade de um pássaro, que pode voar. Dessa vez, eu precisava cair, bem do alto. Sentir algumas coisas, fortes. Pois nem meus dedos sentem nada, não mais.
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