Eu já havia dito que queria, que fosse por instantes, saber quais cores ela enxergava, onde faltava luz e queria entender porque abrir a janela não parecia o suficiente pra sorrir todos os dias. Mas é impossível viver a vida dos outros. É impossível que eu sempre pense do lado de fora e esqueça de lembrar de que dentro de mim, existem minhas cores, a luz que enxergo e minha janela. Quando pude, eu disse como as coisas podem ser mais coloridas. Não há nenhuma perfeição no mundo, tudo bem. E se cair, errar, se machucar e machucar os outros faz com que as cores se desgastem e ganhem tons escuros ou cinzas demais, é abrindo a janela, todos os dias, mais e mais uma vez que as cores podem se renovar. É o que eu digo e o que eu posso fazer. Mas acredite: cada um faz por si, a vida é insubstituível. E desistir dela, não faz da gente menos errante.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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