Dos inimigos mais intensos que tive (e tenho), o espelho é um dos piores. Depois de um tempo odiando, passo para a fase de admiração de qualquer rival. Ele vira a arma, e é quando preciso ter mais controle pra não cometer suicídio. E ele é sempre muito bonito, porque se nivela aqui, no meu peito. Sou derrotada se nivelar pela cabeça, venço se souber dançar sozinha e sem olhar o reflexo do meu corpo, pele, cabelo e mente pelo salão iluminado.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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