(...) Porque é bonito contar o tempo, contando-o pra mim. Segurando a onda, e explicar sobre os dias de vida de qualquer coisa que se construa a dois. E é bonito relembrar de todos os momentos lindos e de como sou fácil. Pra ela sou qualquer coisa, a qualquer hora que ela quiser (...)
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
Comentários